Apresentações das quadrilhas na Praça Central da 302 Sul. O grupo Pau Melado foi uma das atrações na região administrativa
Depois de passar por Ceilândia, pelo Guará, pelo Paranoá, por Planaltina e por Taguatinga, as apresentações da segunda edição do Brasília Junina chegam ao sexto e último fim de semana de programação.
Desta vez, as quadrilhas se apresentaram em Samambaia, na Praça Central da 302 Sul, em frente à Paróquia Santa Luzia (conhecida como Barca).
“Samambaia vive e respira o São João. Temos muitos nordestinos que assistem às apresentações”, explica o músico independente e um dos membros fundadores da quadrilha Pau Melado, Hamilton Teixeira, de 39 anos.
O grupo é um dos 40 que receberam apoio de R$ 12 mil cada um da Secretaria de Cultura para participar do Brasília Junina. O objetivo do governo é fomentar a cadeia produtiva de festas juninas e dar apoio para a tradição popular na cidade.
“O Brasília Junina apoia as quadrilhas que já existem, motiva as que estavam para desistir e incentiva as que ainda serão criadas”, diz Teixeira. Segundo ele, o investimento permite transportar o grupo para as apresentações e comprar os trajes e as estruturas para os shows.
Alan Souza, vigilante de 39 anos, e Simony Romanini, recepcionista de 30 anos, são o Lampião e a Maria Bonita das apresentações do Pau Melado em 2017.
“Vemos muita atenção ser dada para a cultura, mas a parte do São João era esquecida. Com o incentivo, os eventos ficaram muito mais organizados”, avalia Simony.
O parceiro de dança também reconhece o valor do apoio. “Se os grupos grandes já têm dificuldade com transporte, imagine os pequenos, que não tinham dinheiro nem para comprar tecidos?”
Com o sucesso da edição de 2016, o Brasília Junina deste ano teve investimento maior. Enquanto o ano anterior teve gasto total de R$ 400 mil e 22 quadrilhas, a versão de 2017 contou com R$ 910 mil em dinheiro e 40 grupos. O orçamento foi dividido em R$ 430 mil para montagem das estruturas e em R$ 480 mil para contratações artísticas.